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Reformas educacionais recentes no Equador, México e Peru: alguns sucessos e erros
No segundo painel do Fórum Regional de Política Educacional 2022, três ex-funcionários que conduziram ministérios e/ou secretarias nacionais de educação apresentaram alguns dos problemas e lições aprendidas de suas respectivas administrações.
Aprendizaje de las TIC.

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Em formato de roda de conversa, o painel moderado pelo Diretor do Escritório para a América Latina e o Caribe do IIPE UNESCO, Pablo Cevallos Estarellas, a ex-ministra da Educação do Equador, Gloria Vidal; o ex-secretário da Educação Pública do México, Otto Granados; e a ex-ministra da Educação do Peru, Patricia Salas O'Brien, participaram.

No início do encontro, Gloria Vidal lembrou sua administração e afirmou que seria essencial ter uma discussão com mais tempo, progressividade e profundidade, acompanhada de uma apreciação cidadã sobre as políticas públicas em geral. Salientou que naquela época no Equador não havia uma verdadeira construção por parte dos cidadãos, e que isso não permitia a apropriação de políticas educacionais ou uma reclamação efetiva quando elas não eram usadas ou sustentadas ao longo do tempo.

 

 

Por sua vez, Otto Granados disse que, enquanto funcionário público, os objetivos da reforma mexicana consistiam em profissionalizar o sistema de promoção e remuneração dos professores, criar um sistema nacional de avaliação e implementar um novo modelo educacional. Refletindo sobre a administração, o ex-secretário questionou a possibilidade de alcançar estabilidade na educação quando os ministros têm um mandato tão curto. Quanto ao papel dos cidadãos, disse que deveriam ter sido construídas melhores coalizões entre a sociedade em geral e as organizações da sociedade civil.

 

"É importante continuar fazendo política com a cidadania, e não apenas com os atores políticos clássicos".

Patricia Salas O'Brien, ex-ministra da Educação do Peru.

Em relação ao que aconteceu no Peru, Patricia Salas O'Brien analisou sua administração e explicou que a busca de equidade nos povos indígenas tinha um único orçamento de investimento, acreditando que esse dinheiro poderia ser usado para otimizar o sistema educacional de uma maneira sistêmica. Ao mesmo tempo, comentou que o problema do planejamento orçamentário era muito complicado porque não havia equipes técnicas que soubessem como funciona a administração pública, com a perspicácia ou a perícia para realizar esses procedimentos. Outra reflexão girou em torno dos concursos públicos: Salas O'Brien observou que não havia ninguém para realizar corretamente um projeto daquele porte, e por isso foi dividido em pequenos projetos, "pulverizando-o quando deveria ter sido concentrado".

No final da discussão, a ex-ministra da Educação do Peru concordou com seus colegas sobre a necessidade de que a sociedade como um todo se envolvesse nas transformações educacionais.

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